Você não precisa carregar tudo sozinha!
- Juliana Negri
- 18 de jun.
- 3 min de leitura
Essa semana eu precisei parar, respirar e então olhar, de forma bem honesta, pra tudo que eu estava tentando dar conta, eram muitos pratinhos que eu queria manter no alto e equilibrados, mas a verdade era que eu não ia dar conta de fazer isso. Minha casa estava (e tá) uma zona, não consegui fazer nenhum treino, a alimentação saiu do controle (a quantidade de pão que comi, não tá escrito), e no meio de tudo isso, eu percebi colocando toda a minha energia no trabalho, nos projetos que estão nascendo, nas coisas que eu quero muito entregar e, por isso... eu precisei escolher.
Escolher deixar alguns pratinhos de lado, aceitar que eles iam ficar no chão por um tempo, pra que eu pudesse colocar minha energia no que, nesse momento, fazia mais sentido pra mim.
E isso me fez refletir sobre o quanto nós, mulheres, somos ensinadas desde sempre a tentar equilibrar tudo: casa, trabalho, família, relacionamento, treino, alimentação, autocuidado, vida social... tudo.
Tudo ao mesmo tempo, como se a gente precisasse provar, o tempo inteiro, que dá conta, que é capaz, que é suficiente.
E a real é que... ninguém dá conta de tudo o tempo todo.
Só que, quando algum desses pratos começa a balançar ou até cai, vem aquela voz interna, pesada, cruel: “Tá vendo? Você não é capaz”,“Você não consegue”...
E, cara... que peso viver assim, se cobrar dessa forma, acreditar que pra ser boa o bastante, você precisa estar dando conta de absolutamente tudo, o tempo inteiro (ah pelo amor de Deus, não dá).
Mas eu posso te dizer, com toda certeza, que foi o autoconhecimento que me ajudou a mudar essa visão. Foi quando eu comecei a olhar pra mim, de verdade, através da terapia, do Reiki, dos processos que me convidaram a desacelerar, a me ouvir, a entender que eu não sou uma máquina, que eu não preciso me provar pra ninguém.
O Reiki, principalmente, me trouxe uma conexão comigo mesma que eu nem sabia que tava faltando. Trouxe e traz equilíbrio pro meu corpo, pra minha energia, me fez sentir mais. E foi aí que eu comecei a perceber, de forma muito real, que tudo tem um tempo, que tudo tem um ciclo, que tá tudo bem não dar conta de tudo.
A terapia foi me ensinando a colocar as coisas no lugar dentro de mim, a enxergar quais eram, de fato, os pratinhos que valiam meu esforço, minha dedicação, minha energia naquele momento... e quais eu podia, sim, deixar no chão, sem culpa.
Porque, sim, é diferente pra cada uma de nós.
Quem é mãe tem pratinhos que eu nem imagino como é segurar, quem mora sozinha tem outros, quem vive com a família, quem tem ou não tem um parceiro, quem tá construindo um negócio, quem tá recomeçando... cada uma carrega seus próprios desafios.
Mas tem uma coisa que é igual pra todas nós: A gente precisa se tratar com mais gentileza.
E, se fosse uma amiga sua passando pelo que você tá passando hoje, você seria a primeira a dizer:“Calma. Respira. Tá tudo bem não dar conta de tudo. Tá tudo bem priorizar. Tá tudo bem escolher o que faz sentido agora.”
Então, por que é tão difícil fazer isso por você?
Se hoje você sente que tem pratinhos demais pra equilibrar, eu quero te lembrar:Você não tá sozinha.Tá tudo bem não dar conta de tudo, tá tudo bem deixar algumas coisas pra depois.
Se acolhe, se abraça e se permite viver os seus ciclos, com mais verdade e menos peso, isso também é amor próprio.
E eu te convido, agora, a olhar com sinceridade pra tua vida e se perguntar: “Qual é o pratinho que, hoje, precisa ser minha prioridade?” E se você sentir que não quer ou não consegue fazer esse movimento sozinha, que precisa de apoio, de direcionamento, de alguém pra caminhar junto nesse processo de se ouvir, se escolher e se tratar com mais amor... saiba que eu tô aqui.
A gente não precisa fazer isso sozinha. Nunca precisou.
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